Amigas que me visitam !!

sábado, 31 de outubro de 2009

- Selo Um pouco de Mim


mandou-me este mimo em forma de selo.

As regras são:
Exibir o selo e dizer quem te deu.
Completar as frases e passar p 5 blogs.
Nao deixar a brincadeira parar
Completar: :
Eu já: temi pela minha vida....Um grande susto.
Eu nunca: desito de lutar pela minha vida!!!!!.
Eu sei: que nada sei, e cada vez mais sei menos.
Eu sonho: com um mundo em paz e com ninguém a passar fome.

Tenho muitas amigas por esse mundo virtual, portanto indico a todas que por cá passarem........
com abraços de Maria Filomena

- Outono e Abóboras!!!


Outono e Abóboras!!!
O meu marido diz que sou uma "abobrista" convicta!!!
E sou mesmo!!!
Gosto de toda a comida que leve abóbora...
Doce de abóbora para passar no pão
ou comer com requeijão
(cá em Portugal é uma sobremesa),
abóbora assada para acompanhar carne assada,
abóbora à florentina (muito gostosa),
velhoses que a minha mãe tão bem faz.......
enfim, gosto de abóbora e assumo!!!!
Ponto Final.

Sem falar,
que a abóbora em relação a outros legumes
é bem menos calórica...

No terceiro domingo de cada mês há feira em Coina,
que fica aqui perto...
Assim, no dia 18 de outubro fui à feira,
cujas fotografias já postei anteriormente,
e comprei um chemim de table
caminho de mesa, naperon,
com duas abóboras aplicadas em tecido
e bordadas à máquina.
Essa toalha retangular contornei com
um biquinho d crochet na cor abóbora
que tinha cá em casa.....

Espero que gostem.....


as abóboras aplicadas no chemim....
Foi o que me chamou a atenção...
achei lindo.....
Além do que,
estamos no outono no hemisfério norte,
e é época de abóboras



o caminho já na minha mesa da cozinha

as duas abóboras aplicadas


o bico de crochet e o canto.
De onde tirei???
De lugar nenhum...
Fui fazendo e saiu esse barradinho minúsculo



novamente o crochet





Se alguém quiser fazer,
acredito que por esta foto,
far-se-á facilmente.....




Já agora,
aproveito o ensejo
e mostro o caminho para a receita de

Velhoses


ou


ou


ou



e para a Abóbora à fiorentina



e Doce de abóbora com requeijão


Bon Apetit
Bom Apetite


sexta-feira, 30 de outubro de 2009

- Azeitonas e Outros......

Uma salada de frutas com Azeitonas!!!!!

Desculpem, mas eu fui colocando fotos neste post
e ficou uma salada meia indigesta!!!!!!

Mas, vamos lá!!!!!!
Na semana passada - de 18 a 25.10 -
estivemos a colher as azeitonas.....

Foram mais de 900 Kgs
que renderam 132 litros de azeite......


Algumas fotos abaixo mostram essa maratona!!!

As Oliveiras são árvores que duram muito.
Mas, muito mesmo!!!

Quando o meu irmão,
cunhada ,
3 sobrinhos
e 2 casais amigos
estiveram cá em Portugal entre Julho e Agosto passado,
fomos visitar a Quinta da Bacalhoa em Azeitão
e descobrimos lá uma Oliveira
cuja idade é estimada em 2.300 anos...

Isso mesmo!!!!!
Segundo a placa que estava aos pés dela
dizia que quando Jesus fez o Sermão da Montanha
essa Oliveira já existia....

E, incrível!!!!!
Ainda dá frutos!!!!



a Oliveira com idade estimada em 2.300 anos.

Clique na foto e conseguirá ler o que está escrito na placa.



o tronco da Oliveira



A minha cunhada Vera e eu ( de costas) a apreciarmos a Oliveira milenar.....

Um apanhado da última semana!!!!


Na segunda feira pela manhã quando vínhamos pela Nacional 118
o céu estava manhoso!!!!!


Em casa é tempo de amores perfeitos......



O azeite a jorrar para a bilha....
Depois da apanha da azeitona fomos ao Lagar buscar o azeite...
Ainda estava quente...
O nosso atingiu os 4/10 de acidez....muito bom....

Para os brasileiros :
Lagar é o lugar onde se transforma a azeitona em Azeite....
Uma espécie de moinho...


o azeite a sair da prensa......




o azeite, cujas azeitonas colhemos , na cuba do lagar



as azeitonas colhidas.....





o meu marido a colher azeitonas no quintal da aldeia




os mais de 900 Kgs de azeitonas colhidas, que se transformaram em azeite....



as azeitonas moídas depois de passada pela prensa e extraído o azeite....
o chamado bagaço....




as cubas com azeite, com um papelote na frente,
a indicar a que cliente do lagar, pertence o azeite.
Tudo muito limpo........



Como podem ver, Blog também é cultura!!!!!
Brincadeirinha...

Um grande abraço
e bom final de semana para todos!!!!!!


quinta-feira, 29 de outubro de 2009

- Ponto Cruz


Na última revista
Ponto Cruz & NOVIDADES
Nº 124 de Novembro de 2009,
portanto acabada de sair do forno,
tem dois trabalhos meus publicados...

A revista está muito bonita
e destaca-se o acabamento gráfico,
a qualidade do papel,
além, é claro,
de muitos trabalhos lindíssimos
de colegas minhas do curso de bordados
do Polo Cultural da Junta de Freguesia de Fernão Ferro.

Vá à banca mais próxima e confira!!!!
Vai gostar!!!!!!


a capa

meu trabalho com faixa florida estilizada



meu trabalho com margaridas ou mal-me-quer


quarta-feira, 28 de outubro de 2009

- Feira de Santa Iria


Feira de Santa Iria em Tomar




Feira de Santa Iria

Hoje mostro-vos algumas cenas da Feira de Santa Iria,
em Tomar,
no dia 25.10 à noite.....

Essa feira é tradicional e ocorre sempre no mês de outubro...

Quem foi Santa Iria???



Em VIAGENS NA MINHA TERRA de ALMEIDA GARRET surge assim a LENDA DE SANTA IRIA

CAPÍTULO 30

História de Santa Iria segundo os cronistas e segundo o romance popular.

A milagrosa Santa Iria - Santa Irene - que deu o seu nome a Santarém, donzela nobre, natural da antiga Nabância, e freira no convento duplex beneditino que pastoreava o santo abade Célio, floresceu pelos meados do sétimo século.

Namorou-se dela extremosamente o jovem Britaldo, filho do conde ou cônsul Castinaldo que governava aquelas terras, e não podendo conseguir nada de sua virtude, caiu enfermo de moléstia que nenhum físico acertava a conhecer, quanto mais a curar.

É sabido que a mais santa lhe não pesa de que estejam a morrer por ela; e, mais ou menos, sempre simpatiza com as vitimas que faz.

Santa Iria resolveu consolar o pobre Britaldo: e já que mais não podia por sua muita virtude, quis ver se lhe tirava aquela louca paixão e o convertia.

Saiu, uma bonita manhã, do seu convento - que não guardavam ainda as freiras tão absoluta e estreita clausura - e foi-se à casa do namorado Britaldo. Consolou como mulher e ralhou como santa, por fim, impondo-lhe na cabeça as lindas e benditas mãos, num instante o sarou de todo achaque do corpo; e se lhe não curou o da alma também, pelo menos lho adormentou, que parecia acabado.”


Outra versão :


Nascida de uma rica família de Nabância (Região de Tomar), de onde era natural, Iria recebeu educação nobre num mosteiro de freiras beneditinas, governado por seu tio, o Abade Sélio, e no qual viria a professar. Pela sua beleza e inteligência, Iria cedo reuniu a simpatia das religiosas e das pessoas da povoação, em especial dos moços e fidalgos, que disputavam entre si a as virtudes da noviça.

Entre estes mancebos contava-se Britaldo, príncipe daquele Senhorio, que veio a alimentar por Iria uma paixão doentia. Iria, porém, recusava as investidas amorosas do fogoso fidalgo, confessando-lhe a sua eterna devoção a Deus.

Dos amores de Britaldo teve conhecimento Remígio, director espiritual de Iria e a quem a beleza da donzela também não passara despercebida. Consumido de ciúmes, o monge fez tomar a Iria uma tisana embruxada, que logo fez surgir no seu corpo os sinais de gravidez. Expulsa do convento, a pobre donzela recolhera-se junto do rio para orar quando, traiçoeiramente, foi assassinada por um criado de Britaldo, a quem tinham chegado os rumores destes eventos.

Lançado ao rio, o corpo da mártir foi depositado em sepulcro celestial nas claras areias do Tejo, aí permanecendo, incorruptível, através dos tempos.

Após estes lendários acontecimentos, a urbe recebeu a nova deseignação de Sancta Irena, mantida após a dominação muçulmana sob as formas de Chantitein ou Chantarim.

Conheça a Igreja de Santa Iria.


Outra versão da história ou estória


Lenda de Santa Iria

Nascida de uma rica família de Nabância, Iria recebeu educação esmerada e professou num mosteiro de monjas beneditinas, o qual era governado pelo seu tio, o Abade Sélio.

Devido à sua beleza e inteligência, Iria cedo congregou a afeição das religiosas e das pessoas da terra, sobretudo dos jovens e dos fidalgos, que disputavam entre si as virtudes de Iria.

Entre estes adolescentes contava-se Britaldo, herdeiro daquele senhorio, que alimentou por Iria doentia paixão. Iria, contudo, recusava as suas investidas amorosas, antes afirmando a sua eterna devoção a Deus.

Dos amores de Britaldo teve conhecimento Remígio, um monge director espiritual de Iria, ao qual também a beleza da donzela também não passara despercebida. Ardendo de ciúmes, o monge deu a Iria uma tisana embruxada, que logo fez surgir no corpo sinais de prenhez.

Por causa disso foi expulsa do convento, recolhendo-se junto do rio para orar. Aí, foi assassinada à traição por um servo de Britaldo, a quem tinham chegado os rumores destes eventos.

Jactado ao rio, o corpo da mártir ficou depositado entre as areias do Tejo, aí permanecendo, incorruptível, através dos tempos.


Lenda alternativa

Outra lenda, corrente no romanceiro popular, refere-se também a uma Santa Iria. A Jovem Iria é raptada da sua casa por um hóspede nocturno e é degolada num outeiro. Sete anos mais tarde, o seu assassino regressa àquele local, onde já se ergue uma ermida em memória da sua vítima. Ele pede perdão mas, numa atitude pouco cristã, a sua vítima nega-lho.


Culto

O seu culto foi muito popular durante a dominação visigótica, de tal forma que a velha Scallabis romana passou a ser chamada de Santa Iria (e daí derivou a moderna Santarém, através de Sancta Irene). O culto foi perpetuado através do rito moçárabe, mantendo-se ainda hoje como padroeira de algumas igrejas portuguesas, muito embora não seja considerada uma santa canónica pela Igreja Católica.


Iconografia

Santa Iria é representada habitualmente segurando a palma do Martírio.

A imagem de Santa Iria da Torre da Magueixa (Batalha) representa-a a segurar uma "panela de manteiga" e a imagem da Faniqueira (Batalha) mostra Santa Iria a segurar uma colher de pau, em lugar da palma do martírio. Esta iconografia parece remeter mais para a lenda alternativa do que para a versão mais conhecida de Tomar.


Ligações externas

Bibliografia:

  1. OLIVEIRA, P. Miguel de: Santa Iria e Santarém. Lenda e História. Estudos hagiográficos, Lisboa, União Gráfica, 1964
  2. COSTA, P. Avelino de Jesus: Santa Iria e Santarém, revisão de um problema hagiográfico e toponímico. - Coimbra, FLUC, 1972
  3. FERNANDES, A. de Almeida: Considerações acerca de Santa Iria. Identificação, lendas e toponímia. - Tarouca, Separata da Revista Camoniana, Ano VII, Dez 1985, n.º 12
  4. ESPÍRITO SANTO, Moisés: Os mouros fatimídas e as aparições de Fátima. - Lisboa, ISER - Universidade Nova de Lisboa, 1995


Outra versão


SANTA IRIA

SANTA IRIA
Era uma vez ... ali para os lados da Torre havia um lugar chamado de
Magueixa.

Lá viviam Emírgio e a sua mulher Eugénia Magueixa, assim apelidada por ter
nascido naquele pequeno lugar.

Como eram muito trabalhadores e económicos, juntaram uns dinheiros e
construíram uma casa a que o povo passou a chamar a Torre da Magueixa, em
lembrança
do nome da mulher do Emírgio.

Tempos depois nasceu naquela casa uma menina a quem seus pais puseram o nome
de Iria.

Passaram os anos da infância de Iria. E, um dia, os pais mandaram-na para um
recolhimento de uma terra chamada Nabância - é hoje a cidade de Tomar - onde
viviam duas tias de Iria, irmãs do pai Emírgio, que se chamavam Casta e
Júlia.

Em Nabância também vivia um outro parente de Iria, que era abade dos
religiosos de S. Bento e que recomendou Iria a um santo monge chamado
Remígio.

Iria mostrara sempre uma profunda Fé, uma devoção total, e, por isso, muito
bondosa e caridosa, começou a tornar-se notada pelos seus sentimentos
cristãos.

Tão profundamente sentia a Verdade pregada por Cristo que procurava a
clausura para melhor se sentir junto de Deus, e só saía no dia de S. Pedro
para ir
rezar na Igreja deste Apóstolo.

Por aquele tempo vivia em Nabância um jovem chamado Bristaldo, filho do
Governador, que ao ver na Igreja de S. Pedro a Iria, muito linda, muito
formosa,
se apaixonou por ela.

A paixão de Britaldo foi tão forte que adoeceu gravemente.

Iria, por inspiração divina, soube da doença do rapaz e da razão que a
provocara e, por caridade, foi visitá-lo, desenganando-o dos seus desejos de
se casar
com ela. Então Britaldo pediu a Iria que nunca casasse nem amasse a outro
rapaz, o que Iria prometeu imediatamente. Com esta promessa tão prontamente
feita,
o filho do Governador sentiu-se logo melhor.

Mas ... o bom Monge Remígio, a cujos cuidados Iria havido sido entregue,
começou a sentir-se apaixonado pela linda Iria e a tentá-la.

Iria não aceitou as tentações do Monge Remígio, o que levou este a tramar
uma vingança contra a doce e inocente Iria. E a vingança consumou-se.

O monge, que tinha muito de sábio, preparou uma beberagem com ervas, que
conhecia, e que provocou a inchação do ventre, dando a aparência de uma
falta.

Iria bebeu a tisana de boa fé. E o ventre de Iria começou a inchar, e quanto
mais os dias corriam mais ele se avolumava e mais a sua fama de Santa
desaparecia.

Todas passaram a duvidar da pureza e da virtude de Iria. Britaldo, o jovem
filho do Governador, ao saber o que constava e julgando que Iria faltara à
sua
promessa, jurou vingar-se e ordenou a um dos seus familiares que a fosse
matar.

E o familiar matou Iria, no dia 20 de Outubro de 653, degolando-a, quando
Iria, sempre pura e inocente, estava ajoelhada e de mãos postas a rezar, à
beira
do rio Nabão, que passava junto ao Convento onde estava Iria. E o corpo foi
rio abaixo.

No mesmo momento Célio, também tio de Iria, por revelação de Deus, sentiu a
trama de Remígio e conheceu o sítio onde estava o corpo de Iria. E tudo
revelou
ao povo que, cheio de dó e reconhecendo a inocência e a pureza de Iria, deu
graças a Deus e foi buscar, em solene procissão, à baixa de Santarém chamada
ribeira, o corpo de Iria.

Ali chegados deu-se o grande milagre de se abrirem as águas do Tejo, na
margem, até onde estava o corpo imaculado da Santa, sobre um túmulo feito
pelas
mãos diáfanas dos Anjos.

Era o desejo de seus conterrâneos levar o corpo de Santa Iria, mas ninguém o
pôde fazer. Ninguém o movia. Apenas lhe levaram, para recordação, alguns
cabelos
e pedaços do pano da camisa que milagrosamente serviram para tratamento de
cegos e aleijados no Convento de Santa Iria.

Muitos milagres, segundo dizem, se devem a esta Santa, que séculos mais
tarde, teve a visita de outra Santa, a Rainha Santa Isabel.

E na Torre, na terra que a viu nascer, ainda hoje existe uma capela da
invocação de Santa Iria que, segundo a tradição oral, foi construída no
mesmo sitio
onde esteve edificada a casa onde Ela nasceu.



Mais sobre Santa Iria no blog


http://alcatruzesdaroda.blog.com/2008/10/20/santa-iria-a-historia-e-a-lenda/






etiqueta do doce de cereja vendido pelo stand PIPO e NICA



compota de ameixas

doce de cereja e mel





pão com choriço a sair do forno...quentinho...quentinho...
estava uma delícia de saboroso...


stande do pão com chouriço






doces e mais doces
e mais doces.......

aspecto do recinto da feira



stands de louça e outras quinquilharias para casa....É uma loucura!!!!


louça tradicional portuguesa


este stand - PIPO e NICA - estava simplesmente maravilhoso!!!
Muitos trabalhos diferentes e com muito capricho
E o atendimento???? nota 20......muita simpatia...


mais trabalhos do PIPO e NICA


emblema do stand


outra vista da feira


Tomar à noite em 25.10.2009




A Feira de Santa Iria (celebrada a 20 de Outubro) é uma das maiores celebrações populares na cidade de Tomar.


Por último, o ditado que diz que estamos sempre a aprender é verdadeiro:
não sabia que a origem do nome Santarém era Santa Iria.....
Vivendo e aprendendo.....

terça-feira, 27 de outubro de 2009

- Sites úteis e interessantes


Queres fazer downloads
de figuras geométricas para o teu patchwork?

Vá ao site abaixo....

- Blog Fabuloso!!!


Você gosta de doces??
Eu adoro!!!
E especialmente aqueles que são fofinhos!!!

Como os semifrios !!!!

Então dê uma chegadinha no blog abaixo

e fique com a boca cheia de água!!!!

- Apelo

Apelo a todos!!!!

Em 1981 e 1982 vim à Portugal e num desses anos tomei conhecimento
da obra de Miguel Torga .

Miguel Torga (pseudónimo de Adolfo Correia)
é um dos autores da língua portuguesa
que a meu ver merecia e merece o prémio Nobel da Literatura,
seja pelo conjunto de sua obra,
seja pela sua vida,
pela sua luta pela liberdade,
pela sua luta pela liberdade de expressão,
seja pela maneira como escrevia as suas poesias
de forma intensa, com muito sentimento,
mas sem nenhuma pieguice...

Pois muito bem!
Tenho vários livros dele, mas estão no Brasil.
Um dele é uma Colectânea de Poesias,
onde há uma poesia ( originalmente publicado num dos Diários)
com 3 ou 4 linhas que fala(diz)
a respeito de uma ovelha e o seu filho - borrego - a pastar.

É de uma beleza tão linda,
que gostaria de bordar em ponto cruz.

Por isso, pergunto:
Onde consigo essa poesia????

Alguém poderia arranjá-la para mim????

Já pesquisei na Internet, mas essa não a encontro....

Aguardo respostas....
Um grande abraço de Maria Filomena.


Já agora deixo algumas de suas poesias,
para se deleitarem com as palavras desse
grande poeta desaparecido em 1995:

Perfil

Não. Não tenho limites.
Quero de tudo
Tudo.
O ramo que sacudo
Fica varejado.
Já nascido em pecado,
Todos os meus pecados são mortais.
Todos tão naturais
À minha condição,
Que quando, por excepção,
Os não pratico
É que me mortifico.
Alma perdida
Antes de se perder,
Sou uma fome incontida
De viver.
E o que redime a vida
É ela não caber
Em nenhuma medida.


Dies Irae

Apetece cantar, mas ninguém canta.
Apetece chorar, mas ninguém chora.
Um fantasma levanta
A mão do medo sobre a nossa hora.

Apetece gritar, mas ninguém grita.
Apetece fugir, mas ninguém foge.
Um fantasma limita
Todo o futuro a este dia de hoje.

Apetece morrer, mas ninguém morre.
Apetece matar, mas ninguém mata.
Um fantasma percorre
Os motins onde a alma se arrebata.

Oh! maldição do tempo em que vivemos,
Sepultura de grades cinzeladas,
Que deixam ver a vida que não temos
E as angústias paradas!



Liberdade

Liberdade, que estais no céu...
Rezava o padre-nosso que sabia,
A pedir-te, humildemente,
O pio de cada dia.
Mas a tua bondade omnipotente
Nem me ouvia.

— Liberdade, que estais na terra...
E a minha voz crescia
De emoção.
Mas um silêncio triste sepultava
A fé que ressumava
Da oração.

Até que um dia, corajosamente,
Olhei noutro sentido, e pude, deslumbrado,
Saborear, enfim,
O pão da minha fome.
— Liberdade, que estais em mim,
Santificado seja o vosso nome.

Miguel Torga, in 'Diário XII'