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quarta-feira, 28 de outubro de 2009

- Feira de Santa Iria


Feira de Santa Iria em Tomar




Feira de Santa Iria

Hoje mostro-vos algumas cenas da Feira de Santa Iria,
em Tomar,
no dia 25.10 à noite.....

Essa feira é tradicional e ocorre sempre no mês de outubro...

Quem foi Santa Iria???



Em VIAGENS NA MINHA TERRA de ALMEIDA GARRET surge assim a LENDA DE SANTA IRIA

CAPÍTULO 30

História de Santa Iria segundo os cronistas e segundo o romance popular.

A milagrosa Santa Iria - Santa Irene - que deu o seu nome a Santarém, donzela nobre, natural da antiga Nabância, e freira no convento duplex beneditino que pastoreava o santo abade Célio, floresceu pelos meados do sétimo século.

Namorou-se dela extremosamente o jovem Britaldo, filho do conde ou cônsul Castinaldo que governava aquelas terras, e não podendo conseguir nada de sua virtude, caiu enfermo de moléstia que nenhum físico acertava a conhecer, quanto mais a curar.

É sabido que a mais santa lhe não pesa de que estejam a morrer por ela; e, mais ou menos, sempre simpatiza com as vitimas que faz.

Santa Iria resolveu consolar o pobre Britaldo: e já que mais não podia por sua muita virtude, quis ver se lhe tirava aquela louca paixão e o convertia.

Saiu, uma bonita manhã, do seu convento - que não guardavam ainda as freiras tão absoluta e estreita clausura - e foi-se à casa do namorado Britaldo. Consolou como mulher e ralhou como santa, por fim, impondo-lhe na cabeça as lindas e benditas mãos, num instante o sarou de todo achaque do corpo; e se lhe não curou o da alma também, pelo menos lho adormentou, que parecia acabado.”


Outra versão :


Nascida de uma rica família de Nabância (Região de Tomar), de onde era natural, Iria recebeu educação nobre num mosteiro de freiras beneditinas, governado por seu tio, o Abade Sélio, e no qual viria a professar. Pela sua beleza e inteligência, Iria cedo reuniu a simpatia das religiosas e das pessoas da povoação, em especial dos moços e fidalgos, que disputavam entre si a as virtudes da noviça.

Entre estes mancebos contava-se Britaldo, príncipe daquele Senhorio, que veio a alimentar por Iria uma paixão doentia. Iria, porém, recusava as investidas amorosas do fogoso fidalgo, confessando-lhe a sua eterna devoção a Deus.

Dos amores de Britaldo teve conhecimento Remígio, director espiritual de Iria e a quem a beleza da donzela também não passara despercebida. Consumido de ciúmes, o monge fez tomar a Iria uma tisana embruxada, que logo fez surgir no seu corpo os sinais de gravidez. Expulsa do convento, a pobre donzela recolhera-se junto do rio para orar quando, traiçoeiramente, foi assassinada por um criado de Britaldo, a quem tinham chegado os rumores destes eventos.

Lançado ao rio, o corpo da mártir foi depositado em sepulcro celestial nas claras areias do Tejo, aí permanecendo, incorruptível, através dos tempos.

Após estes lendários acontecimentos, a urbe recebeu a nova deseignação de Sancta Irena, mantida após a dominação muçulmana sob as formas de Chantitein ou Chantarim.

Conheça a Igreja de Santa Iria.


Outra versão da história ou estória


Lenda de Santa Iria

Nascida de uma rica família de Nabância, Iria recebeu educação esmerada e professou num mosteiro de monjas beneditinas, o qual era governado pelo seu tio, o Abade Sélio.

Devido à sua beleza e inteligência, Iria cedo congregou a afeição das religiosas e das pessoas da terra, sobretudo dos jovens e dos fidalgos, que disputavam entre si as virtudes de Iria.

Entre estes adolescentes contava-se Britaldo, herdeiro daquele senhorio, que alimentou por Iria doentia paixão. Iria, contudo, recusava as suas investidas amorosas, antes afirmando a sua eterna devoção a Deus.

Dos amores de Britaldo teve conhecimento Remígio, um monge director espiritual de Iria, ao qual também a beleza da donzela também não passara despercebida. Ardendo de ciúmes, o monge deu a Iria uma tisana embruxada, que logo fez surgir no corpo sinais de prenhez.

Por causa disso foi expulsa do convento, recolhendo-se junto do rio para orar. Aí, foi assassinada à traição por um servo de Britaldo, a quem tinham chegado os rumores destes eventos.

Jactado ao rio, o corpo da mártir ficou depositado entre as areias do Tejo, aí permanecendo, incorruptível, através dos tempos.


Lenda alternativa

Outra lenda, corrente no romanceiro popular, refere-se também a uma Santa Iria. A Jovem Iria é raptada da sua casa por um hóspede nocturno e é degolada num outeiro. Sete anos mais tarde, o seu assassino regressa àquele local, onde já se ergue uma ermida em memória da sua vítima. Ele pede perdão mas, numa atitude pouco cristã, a sua vítima nega-lho.


Culto

O seu culto foi muito popular durante a dominação visigótica, de tal forma que a velha Scallabis romana passou a ser chamada de Santa Iria (e daí derivou a moderna Santarém, através de Sancta Irene). O culto foi perpetuado através do rito moçárabe, mantendo-se ainda hoje como padroeira de algumas igrejas portuguesas, muito embora não seja considerada uma santa canónica pela Igreja Católica.


Iconografia

Santa Iria é representada habitualmente segurando a palma do Martírio.

A imagem de Santa Iria da Torre da Magueixa (Batalha) representa-a a segurar uma "panela de manteiga" e a imagem da Faniqueira (Batalha) mostra Santa Iria a segurar uma colher de pau, em lugar da palma do martírio. Esta iconografia parece remeter mais para a lenda alternativa do que para a versão mais conhecida de Tomar.


Ligações externas

Bibliografia:

  1. OLIVEIRA, P. Miguel de: Santa Iria e Santarém. Lenda e História. Estudos hagiográficos, Lisboa, União Gráfica, 1964
  2. COSTA, P. Avelino de Jesus: Santa Iria e Santarém, revisão de um problema hagiográfico e toponímico. - Coimbra, FLUC, 1972
  3. FERNANDES, A. de Almeida: Considerações acerca de Santa Iria. Identificação, lendas e toponímia. - Tarouca, Separata da Revista Camoniana, Ano VII, Dez 1985, n.º 12
  4. ESPÍRITO SANTO, Moisés: Os mouros fatimídas e as aparições de Fátima. - Lisboa, ISER - Universidade Nova de Lisboa, 1995


Outra versão


SANTA IRIA

SANTA IRIA
Era uma vez ... ali para os lados da Torre havia um lugar chamado de
Magueixa.

Lá viviam Emírgio e a sua mulher Eugénia Magueixa, assim apelidada por ter
nascido naquele pequeno lugar.

Como eram muito trabalhadores e económicos, juntaram uns dinheiros e
construíram uma casa a que o povo passou a chamar a Torre da Magueixa, em
lembrança
do nome da mulher do Emírgio.

Tempos depois nasceu naquela casa uma menina a quem seus pais puseram o nome
de Iria.

Passaram os anos da infância de Iria. E, um dia, os pais mandaram-na para um
recolhimento de uma terra chamada Nabância - é hoje a cidade de Tomar - onde
viviam duas tias de Iria, irmãs do pai Emírgio, que se chamavam Casta e
Júlia.

Em Nabância também vivia um outro parente de Iria, que era abade dos
religiosos de S. Bento e que recomendou Iria a um santo monge chamado
Remígio.

Iria mostrara sempre uma profunda Fé, uma devoção total, e, por isso, muito
bondosa e caridosa, começou a tornar-se notada pelos seus sentimentos
cristãos.

Tão profundamente sentia a Verdade pregada por Cristo que procurava a
clausura para melhor se sentir junto de Deus, e só saía no dia de S. Pedro
para ir
rezar na Igreja deste Apóstolo.

Por aquele tempo vivia em Nabância um jovem chamado Bristaldo, filho do
Governador, que ao ver na Igreja de S. Pedro a Iria, muito linda, muito
formosa,
se apaixonou por ela.

A paixão de Britaldo foi tão forte que adoeceu gravemente.

Iria, por inspiração divina, soube da doença do rapaz e da razão que a
provocara e, por caridade, foi visitá-lo, desenganando-o dos seus desejos de
se casar
com ela. Então Britaldo pediu a Iria que nunca casasse nem amasse a outro
rapaz, o que Iria prometeu imediatamente. Com esta promessa tão prontamente
feita,
o filho do Governador sentiu-se logo melhor.

Mas ... o bom Monge Remígio, a cujos cuidados Iria havido sido entregue,
começou a sentir-se apaixonado pela linda Iria e a tentá-la.

Iria não aceitou as tentações do Monge Remígio, o que levou este a tramar
uma vingança contra a doce e inocente Iria. E a vingança consumou-se.

O monge, que tinha muito de sábio, preparou uma beberagem com ervas, que
conhecia, e que provocou a inchação do ventre, dando a aparência de uma
falta.

Iria bebeu a tisana de boa fé. E o ventre de Iria começou a inchar, e quanto
mais os dias corriam mais ele se avolumava e mais a sua fama de Santa
desaparecia.

Todas passaram a duvidar da pureza e da virtude de Iria. Britaldo, o jovem
filho do Governador, ao saber o que constava e julgando que Iria faltara à
sua
promessa, jurou vingar-se e ordenou a um dos seus familiares que a fosse
matar.

E o familiar matou Iria, no dia 20 de Outubro de 653, degolando-a, quando
Iria, sempre pura e inocente, estava ajoelhada e de mãos postas a rezar, à
beira
do rio Nabão, que passava junto ao Convento onde estava Iria. E o corpo foi
rio abaixo.

No mesmo momento Célio, também tio de Iria, por revelação de Deus, sentiu a
trama de Remígio e conheceu o sítio onde estava o corpo de Iria. E tudo
revelou
ao povo que, cheio de dó e reconhecendo a inocência e a pureza de Iria, deu
graças a Deus e foi buscar, em solene procissão, à baixa de Santarém chamada
ribeira, o corpo de Iria.

Ali chegados deu-se o grande milagre de se abrirem as águas do Tejo, na
margem, até onde estava o corpo imaculado da Santa, sobre um túmulo feito
pelas
mãos diáfanas dos Anjos.

Era o desejo de seus conterrâneos levar o corpo de Santa Iria, mas ninguém o
pôde fazer. Ninguém o movia. Apenas lhe levaram, para recordação, alguns
cabelos
e pedaços do pano da camisa que milagrosamente serviram para tratamento de
cegos e aleijados no Convento de Santa Iria.

Muitos milagres, segundo dizem, se devem a esta Santa, que séculos mais
tarde, teve a visita de outra Santa, a Rainha Santa Isabel.

E na Torre, na terra que a viu nascer, ainda hoje existe uma capela da
invocação de Santa Iria que, segundo a tradição oral, foi construída no
mesmo sitio
onde esteve edificada a casa onde Ela nasceu.



Mais sobre Santa Iria no blog


http://alcatruzesdaroda.blog.com/2008/10/20/santa-iria-a-historia-e-a-lenda/






etiqueta do doce de cereja vendido pelo stand PIPO e NICA



compota de ameixas

doce de cereja e mel





pão com choriço a sair do forno...quentinho...quentinho...
estava uma delícia de saboroso...


stande do pão com chouriço






doces e mais doces
e mais doces.......

aspecto do recinto da feira



stands de louça e outras quinquilharias para casa....É uma loucura!!!!


louça tradicional portuguesa


este stand - PIPO e NICA - estava simplesmente maravilhoso!!!
Muitos trabalhos diferentes e com muito capricho
E o atendimento???? nota 20......muita simpatia...


mais trabalhos do PIPO e NICA


emblema do stand


outra vista da feira


Tomar à noite em 25.10.2009




A Feira de Santa Iria (celebrada a 20 de Outubro) é uma das maiores celebrações populares na cidade de Tomar.


Por último, o ditado que diz que estamos sempre a aprender é verdadeiro:
não sabia que a origem do nome Santarém era Santa Iria.....
Vivendo e aprendendo.....

2 comentários:

sil disse...

Oi Filomena, passando pra uma visitinha e te deixar um beijo...

fica com Deus!

Lourdes disse...

Olá Filomena
Que bom! Adoro feiras! Gostei desta visita virtual.
Beijinhos